Foi isso o que pensei de “Easy rider”, clássico que resolvi assistir pela primeira vez nesse domingo. O filme começa com uma pequena trama sobre drogas, na qual os personagens principais, Billy e Wyatt, conseguem dinheiro revendendo cocaína. Com o capital em mãos, eles saem juntos em suas motocicletas e começam uma viagem pelos Estados Unidos, na qual encontram alguns personagens (um deles interpretado por Jack Nicholson, que atuou muito bem por sinal). O caminho percorrido pelo casal, digo, pela dupla, nos revela o preconceito de alguns estadosunidenses por jovens cabeludos e revoltos. Segundo o filme, esses jovens seriam uma representação da liberdadade. O preconceito, por sua vez, era estampado na cara de alguns caipiras repugnantes. Mais repugnante que os caipiras era esse maniqueismo tosco que se somava às motos “super radicais” pilotadas pelos protagonistas “maneiros”. O resultado disso foi transformar um grito de liberdade em uma propaganda de Nescau cereal.
Durante 94 minutos, Billy e Wyatt têm dialogos vazios e encaram uma realidade completamente mal representada. A amizade entre os motoqueiros é absurdamente idealizada, a ponto de ser irritante. Representando mais de metade do filme, as cenas em que eles andam de motocicleta através do país e apontam paisagens bonitinhas um para o outro eram mais irritante que a amizade deles. Porra, desde quando dois motoqueiros se comportam assim? Que viadagem (gostaria de frizar que não sou homofóbico, tanto que sou fã de Almodovar e C.R.A.Z.Y)!
Não posso dizer que o longa foi inteiramente ruim, pois a cena em que os motoqueiros e algumas prostitutas estão completamente chapados em um cemitério é muito boa. Além disso, a trilha sonora é ótima. No entanto, em frente ao mar de defeitos, esses detalhes acabam não salvando a infeliz obra dirigida por Dennis Hopper e escrita por Peter Fonda (o irritante Wyatt ), Dennis Hopper (o insuportável Billy) e Terry Southern (não sei quem é o infeliz, mas colaborou a escrever os dialogos imbecis).
um clássico. preciso rever!
ResponderExcluirabraços!
Quanto a mim é um bom filme. Um grito de liberdade feito com uma certa classe.
ResponderExcluirAbraço.
Ciro: Realmente é um clássico, não há o que discordar!
ResponderExcluirRed Dust: Respeito tua opinião. Se todos pensassem igual não teria graça.