8 it was RED: O mais emocionante que já assisti

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O mais emocionante que já assisti

Ingmar Bergman (1918 - 2007)



Outro cineasta o qual venho assistindo bastante ultimamente é Ingmar Bergman. As obras vistas foram: Persona (1966), A flauta mágica (1975), Sonata de Outono (1978) e Sarabanda (2003). Gostei de todos, com exceção de um: A flauta mágica. O motivo? É uma ópera, porra! Não gosto de óperas, mas apesar disso resolvi assisti-la para descobrir mais sobre o cineasta. Teimei e paguei o preço. No entanto, sobre os outros longas só tenho elogios a dizer. Gostei muito de Persona e Sonata de outono; ambos irão para minha lista. Sarabanda, apesar de um ótimo filme, não me conquistou tanto.


Sonata de Outono, Persona, Sarabanda (Closes nos rostos das personagens)


Persona, Sonata de Outono e Sarabanda têm muitas semelhanças entre si, tanto em aspectos técnicos como na história. Todos têm momentos bem marcantes com câmera estática e apresentam closes no rosto das personagens, além das conversas dessas com a câmera/espectador; a presença de Liv Ullmann, a musa de Bergman - o cineasta teve uma filha com a atriz, além de dirigir 10 filmes com ela, sendo o primeiro Persona -; a temática do conflito pscicológico e dos pais que rejeitam secretamente os filhos. Apesar das semelhanças, cada filme tem seu diferencial. Enquanto Persona mostra o conflito entre duas mulheres, Sarabanda expõe as conseqüências da morte da mãe em uma família e Sonata de Outono é o comovente retrato de uma tumultuada relação entre mãe e filha. Nesse post comentarei Sonata de Outono.





Sonata de Outono (Höstsonaten, 1978)

Direção: Ingmar Bergman
Roteiro: Ingmar Bergman




O filme retrata o reencontro após sete anos entre a mãe Charlotte (Ingrid Bergman) - uma pianista famosa - e a filha Eva (Liv Ullmann) – uma mulher tímida e deprimida. Eva, que é casada com Viktor (Halvar Björk), cuida da irmã deficiente mental Helena (Lena Nyman), a qual é rejeitada por Charlotte. Parece uma história simples com tudo para ser piegas, dramalhão, mas Bergman torna-a uma obra genial sobre relacionamentos familiares e conflitos psicológicos.

Durante o reencontro a tumultuada relação que se esconde atrás de sorrisos e gentilezas entre Charlotte e Eva nos é revelada. O desentedimento entre mãe e filha é primeiramente visto por nós - de uma forma implícita, através de gestos das personagens - na cena em que as duas tocam piano. A discóridia entre elas é explicitada na discussão que ocorre após o pesadelo de Charlotte, o qual acontece como um prenúncio do caos, da explosão que está por vir.

A crescente maneira na qual os conflitos são exibidos, além de envolver o espectador, evidencia a excelente dinâmica da película. É interessante notar que as ações do filme se restringem apenas a conversas entre mãe e filha dentro de uma casa, ou seja, alguém poderia dizer que se trata de um longa parado. No entanto, esse não é o caso. Os diálogos bem escritos, as excelentes atuações e a delicada direção tornam o filme uma obra prima.

É possível notar na obra a delicada fotografia com cores vermelha, verde e amarela, remetendo ao outono, estação na qual ocorre a história. Bergman optou por uma direção mais discreta nesse longa e acertou em cheio, pois se fosse diferente o filme ficaria provavelmente exagerado e com certeza não tão comovente. Digo com total segurança que Sonata de outono foi o filme mais emocionante que já assisti. E tu, qual foi o filme que mais te emocionou?






Um comentário:

  1. oi
    daniel valeu por passar no meu blog e comentar sobre o filme "Alice".
    Entao,vamos trocar o link dos nossos blogs?
    VAleu
    Ricardo

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