Outro cineasta o qual venho assistindo bastante ultimamente é Ingmar Bergman. As obras vistas foram: Persona (1966), A flauta mágica (1975), Sonata de Outono (1978) e Sarabanda (2003). Gostei de todos, com exceção de um: A flauta mágica. O motivo? É uma ópera, porra! Não gosto de óperas, mas apesar disso resolvi assisti-la para descobrir mais sobre o cineasta. Teimei e paguei o preço. No entanto, sobre os outros longas só tenho elogios a dizer. Gostei muito de Persona e Sonata de outono; ambos irão para minha lista. Sarabanda, apesar de um ótimo filme, não me conquistou tanto.
Sonata de Outono, Persona, Sarabanda (Closes nos rostos das personagens)
Sonata de Outono, Persona, Sarabanda (Closes nos rostos das personagens)
Persona, Sonata de Outono e Sarabanda têm muitas semelhanças entre si, tanto em aspectos técnicos como na história. Todos têm momentos bem marcantes com câmera estática e apresentam closes no rosto das personagens, além das conversas dessas com a câmera/espectador; a presença de Liv Ullmann, a musa de Bergman - o cineasta teve uma filha com a atriz, além de dirigir 10 filmes com ela, sendo o primeiro Persona -; a temática do conflito pscicológico e dos pais que rejeitam secretamente os filhos. Apesar das semelhanças, cada filme tem seu diferencial. Enquanto Persona mostra o conflito entre duas mulheres, Sarabanda expõe as conseqüências da morte da mãe em uma família e Sonata de Outono é o comovente retrato de uma tumultuada relação entre mãe e filha. Nesse post comentarei Sonata de Outono.
Sonata de Outono (Höstsonaten, 1978)
Direção: Ingmar Bergman
Roteiro: Ingmar Bergman
O filme retrata o reencontro após sete anos entre a mãe Charlotte (Ingrid Bergman) - uma pianista famosa - e a filha Eva (Liv Ullmann) – uma mulher tímida e deprimida. Eva, que é casada com Viktor (Halvar Björk), cuida da irmã deficiente mental Helena (Lena Nyman), a qual é rejeitada por Charlotte. Parece uma história simples com tudo para ser piegas, dramalhão, mas Bergman torna-a uma obra genial sobre relacionamentos familiares e conflitos psicológicos.
Durante o reencontro a tumultuada relação que se esconde atrás de sorrisos e gentilezas entre Charlotte e Eva nos é revelada. O desentedimento entre mãe e filha é primeiramente visto por nós - de uma forma implícita, através de gestos das personagens - na cena em que as duas tocam piano. A discóridia entre elas é explicitada na discussão que ocorre após o pesadelo de Charlotte, o qual acontece como um prenúncio do caos, da explosão que está por vir.
A crescente maneira na qual os conflitos são exibidos, além de envolver o espectador, evidencia a excelente dinâmica da película. É interessante notar que as ações do filme se restringem apenas a conversas entre mãe e filha dentro de uma casa, ou seja, alguém poderia dizer que se trata de um longa parado. No entanto, esse não é o caso. Os diálogos bem escritos, as excelentes atuações e a delicada direção tornam o filme uma obra prima.
É possível notar na obra a delicada fotografia com cores vermelha, verde e amarela, remetendo ao outono, estação na qual ocorre a história. Bergman optou por uma direção mais discreta nesse longa e acertou em cheio, pois se fosse diferente o filme ficaria provavelmente exagerado e com certeza não tão comovente. Digo com total segurança que Sonata de outono foi o filme mais emocionante que já assisti. E tu, qual foi o filme que mais te emocionou?
Durante o reencontro a tumultuada relação que se esconde atrás de sorrisos e gentilezas entre Charlotte e Eva nos é revelada. O desentedimento entre mãe e filha é primeiramente visto por nós - de uma forma implícita, através de gestos das personagens - na cena em que as duas tocam piano. A discóridia entre elas é explicitada na discussão que ocorre após o pesadelo de Charlotte, o qual acontece como um prenúncio do caos, da explosão que está por vir.
A crescente maneira na qual os conflitos são exibidos, além de envolver o espectador, evidencia a excelente dinâmica da película. É interessante notar que as ações do filme se restringem apenas a conversas entre mãe e filha dentro de uma casa, ou seja, alguém poderia dizer que se trata de um longa parado. No entanto, esse não é o caso. Os diálogos bem escritos, as excelentes atuações e a delicada direção tornam o filme uma obra prima.
É possível notar na obra a delicada fotografia com cores vermelha, verde e amarela, remetendo ao outono, estação na qual ocorre a história. Bergman optou por uma direção mais discreta nesse longa e acertou em cheio, pois se fosse diferente o filme ficaria provavelmente exagerado e com certeza não tão comovente. Digo com total segurança que Sonata de outono foi o filme mais emocionante que já assisti. E tu, qual foi o filme que mais te emocionou?
oi
ResponderExcluirdaniel valeu por passar no meu blog e comentar sobre o filme "Alice".
Entao,vamos trocar o link dos nossos blogs?
VAleu
Ricardo